Acessibilidade como ativo de sustentabilidade empresarial: convite da COP30 para as empresas

Resumo:

A acessibilidade é um pilar capaz de reduzir riscos, ampliar resultados e desenvolver a gestão de cultura inclusiva. No cenário da COP30, o tema ganha ainda mais força como diferencial competitivo para empresas que desejam unir impacto social e longevidade dos negócios.

Imagine uma empresa que, ao adaptar seu sistema interno com acessibilidade digital, garantiu que pessoas com deficiência pudessem navegar com autonomia e também aumentou a produtividade de toda a equipe ao simplificar fluxos e reduzir erros. O investimento inicial, que parecia apenas um cumprimento de legislação, se transformou em redução de custos, fortalecimento de reputação e atração de novos talentos.

Esse exemplo, que pode ser aplicado a muitas organizações, mostra um ponto central: acessibilidade é um ativo de sustentabilidade dos negócios. E setembro, mês de conscientização sobre a inclusão da Pessoa com Deficiência, reforça a importância de considerar a pauta como parte da gestão de cultura inclusiva.

Com a COP30 no Brasil em novembro de 2025, a atenção do mundo estará voltada para a agenda climática e ESG. E é justamente esse contexto que reforça acessibilidade e inclusão como pilares de negócios sustentáveis, com impacto mensurável na gestão de riscos e resultados de longo prazo.

Acessibilidade dentro da agenda ESG

Um estudo sobre O Panorama da Acessibilidade Digital no Brasil, realizado pela Hand Talk em parceria com o Movimento Web Para Todos, revelou um padrão: as empresas que mais investem em acessibilidade geralmente são grandes organizações (com mais de 1.000 pessoas funcionárias), ligadas ao setor da educação, com comitês de DEI estruturados e foco no pilar Social dentro da agenda ESG.

Esse recorte é revelador. Ele mostra que, na prática, quem aposta em acessibilidade enxerga valor além do cumprimento legal. São empresas que já entenderam que ela é um ativo estratégico de negócio: amplia a base de talentos, fortalece a inovação, melhora a reputação e posiciona a organização de forma consistente frente às exigências globais de ESG.

Ao mesmo tempo, o cenário traz também um desafio: como demonstrar o valor da acessibilidade para negócios sustentáveis, inclusive para diferentes tamanhos de empresas? 

Como reforça Marina Grossi, presidente do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável):

“A inclusão é um dos pilares mais subestimados quando falamos de sustentabilidade. Sem acessibilidade, não há inovação, não há diversidade de perspectivas e, portanto, não há negócios resilientes.”

Ou seja, acessibilidade é também sobre competitividade e sustentabilidade empresarial. Para profissionais de RH, por exemplo, significa ter argumentos concretos para mostrar à liderança que iniciativas inclusivas, do ambiente físico ao digital, se traduzem em gestão de cultura para inclusão, engajamento real e resultados de negócio.

Papel da acessibilidade na gestão de cultura inclusiva

Quando o assunto é a entrega de resultados concretos de DEI na sua empresa, acessibilidade pode ser traduzida em indicadores de impacto, como:

  • Redução de turnover: ambientes acessíveis diminuem desligamentos voluntários.
  • Aumento de produtividade: ferramentas adaptadas melhoram a eficiência de toda a equipe.
  • Fortalecimento de marca empregadora: candidatos(as) e clientes percebem valor em organizações que praticam inclusão.
  • Prevenção de riscos jurídicos e reputacionais: estar em conformidade evita possíveis questões no presente e futuro.

Nessa linha, Laura Salles, CEO da PlurieBR, destaca:

“Quando tratamos acessibilidade como parte da gestão de cultura inclusiva, conseguimos mostrar em números como ela fortalece engajamento, reduz riscos e garante longevidade aos negócios. É nesse ponto que inclusão deixa de ser discurso e passa a ser estratégia aplicada.”

Em outras palavras, investir em acessibilidade conecta diretamente a inclusão a cultura e aos resultados de negócio.

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Práticas para avançar em acessibilidade e sustentabilidade

Alguns pilares que podem ser aplicados ainda em 2025 para transformar acessibilidade em ativo de sustentabilidade:

Acessibilidade digital

Garantir que sistemas, plataformas, materiais internos e eventos sejam acessíveis para todas as pessoas.

Estruturar espaços que facilitem a circulação de todo mundo e promovam o cuidado com contextos plurais, como por exemplo pessoas com mobilidade reduzida.

Educação corporativa sobre inclusão

Formar lideranças e equipes para reconhecer barreiras invisíveis e propor soluções práticas no dia a dia.

Monitoramento de indicadores

Medir o impacto em engajamento, retenção e clima organizacional. Essa prática ajuda a conectar acessibilidade com ROI de inclusão.

> Quer se aprofundar? Leia também: Como começar o planejamento de DEI para 2026: dados, metas e entregas estratégicas.

Acessibilidade como vantagem competitiva

Na prática, a acessibilidade se torna peça-chave da sustentabilidade empresarial. Com a COP30 trazendo a pauta ESG para o centro dos negócios no Brasil, empresas que antecipam movimentos e integram inclusão às suas práticas ganham em reputação, inovação e resultados financeiros.

A PlurieBR conecta dados, métricas e soluções integradas para a gestão de cultura inclusiva na sua empresa.

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